24 de julho de 2008

Quem diria?

Para que o post seja compreendido pelo pessoal das outras cidades, vamos à explicação:

Quem anda pelas ruas do centro do Rio de Janeiro é abordado por camelôs que oferecem as mais variadas porcarias: raquete elétrica pra matar mosquito da dengue, uma porcaria usada para imitar voz de criança e a mais nova mania, a cigarra maluca.

Tal cigarra consiste em duas pedras (eu entendo de pedras, são duas hematitas) magnetizadas (aff, elas têm sei lá quantos por cento de metal, então isso realmente é possível, não desconfiem da minha descrição, por favor ) que quando arremessadas ao alto ligeiramente separadas emitem estalos ao unirem-se – e Allah sabe de onde tiraram que esse som se parece com o que é produzido pelas cigarras.

Vocês sabiam que as cigarras explodem de tanto cantar? É, isso não tem nada a ver com o post, mas eu quis comentar.

Agora vem o espanto: numa das minhas buscas alucinadas por uma coisa qualquer no Google, caí na página da Google Store. Legalzinha, aliás. Tem umas camisas feitas de fibra de maconha orgânicas muito maneiras, bolsas, mouses, caixas de som, canetas, tudo com a marca Google lá, coloridinha, linda...

Mas tia, o que é que tem a ver a pôrra da cigarra maluca dos camelôs do centro do Rio com a Google Store? Bem, amigos, vejam com seus próprios olhos:


Pela bagatela de $7,50 você leva as suas Sonic Rocks Google e faz a alegria da da pentelhada em casa.
...
Aê, cariocada, tamo no lucro! Aqui a gente paga R$5,00 e ainda leva o produto pra casa na hora!

23 de julho de 2008

Enquanto isso, no trabalho...

- Aê! Meu carro agora tem placa!
- Hum, novidade... O meu tem placa há vinte anos.

Campanha

Amigos,

Tive o privilégio de ter um email meu publicado no blog de um amigo no último dia 22 (vulgo ontem). Trata-se de um email sacanérrimo que enviei para compartilhar com ele a minha mais nova descoberta musical.

Como o sujeito escreve pra dedéu, meu postzinho tá ficando perdido no blog sem nenhum comentário... e, como sabemos, isso deprime qualquer blogueiro.

Como preciso provar pra mim que alguém gosta de ler minhas baboseiras gostaria de mostrar a ele que valeu a pena publicar uma asneira que escrevi, por obséquio, visitem o brogui Colóquio e comentem. Sei que vai ser uma tarefa árdua para a meia dúzia de gatos pingados que frequentam o boteco aqui muitos, mas, no caso de não rolar paciência uma inspiração para tal, assinem apenas o nome, que já ta de bom tamanho.

Certa da colaboração de todos,

TC

22 de julho de 2008

Pensamento do dia:

“Existem dois tipos de esposa: a mala e a muito mala. A minha é só mala, por isso ainda tô com ela.”

Esse veio diretamente da academia onde malho e foi dito no meio dum papo entre dois marombados. (Jura? Numa academia, dois marombados falando asneiras... ah tá.) E sim, estou engraçadinha hoje. É que tive um dia de merda e todo o meu estonteante bom humor acumulou. Se continuar assim, amanhã teremos algumas várias piadinhas sem graça ridículas escrotas maneirinhas por aqui.

Acabei de ouvir na chamada do Jornal da Globo...

“Tempo seco em São Paulo está prejudicando a saúde de quem precisa falar. Atendentes de telemarketing estão ficando afônicos.”

BENZADEUS!!!

Não tem preço

Essa vida de blogueira semi-nerd-não-viciada-em-internet não permite que eu saiba se essa tirinha é famosa ou não. Anyway, como achei o máximo, tô postando aqui.


Melhor que essa, só a minha do bafômetro, né Breno?

21 de julho de 2008

Enquanto isso, no laboratório...

- Apóia o braço aqui, por favor.
Depois de 2576 tubinhos devidamente preenchidos com meu sangue até a boca...
- Pronto, acabou. Estou identificando os tubos com seu nome e código de cliente...
- Ok. Só não coloca aquele curativo redondinho em mim, porque tenho alergia.
- Senhora, não posso deixar de colocar.
- Então tá.
Ela coloca o curativo. Eu o tiro, na frente dela.
- VOCÊ TIROU?
- Eu disse pra você não colocar.
- Mas...
- Minha senhora, você fez a sua parte e vai pro céu. Eu fiz a minha e o meu braço não vai cair de tanta alergia, ok?
Pego meu agasalho e largo a mulher tri puta com cara de tacho plantada no cubículo onde rolou a doação o exame. O nome dela é Cláudia. Não posso esquecer porque mês que vem tô lá fazendo exame de novo, e não quero ser abordada por ela com uma nova técnica para extrair sangue com 2576 tubinhos espetados no meu corpo simultaneamente.

Ah, e é lógico que to exagerando em relação aos tubinhos, afinal, foram SÓ seis!

19 de julho de 2008

Hum, mizinfio!

Fiquei sabendo hoje, durante uma peça de teatro, que a Dercy Gonçalves morreu. Foi bonito ver, no fim do espetáculo, os atores oferecendo aquela apresentação a ela.
...
Na verdade, eu acho que a Dercy não morreu hoje porra nenhuma, que só desligaram o andróide que tava ligado até ontem. Digo isso porque, puta que pariu, pela quantidade de palavrão que eu falo, essa mulher já morreu e tava incorporada em mim há, no mínimo, uns dez anos.

16 de julho de 2008

Dos mistérios da amizade

Quando iniciei minha vida no Orkut (2004), escrevia um testimonial a cada amigo adicionado. Depois, acho que pelo volume de amigos que fui encontrando, parei de escrever... e só me dei conta disso hoje.

Reparando nos meus amigos Orkuteiros, vi que alguns nem mereciam estar mais ali, na minha lista. Mas outros... outros mereciam testimonials todos os dias, com direito a pisca-piscas coloridos e muito barulho, só pra "gritar" pra todo mundo o quão maravilhosos são!

Sabe, a vida me trouxe muitos bons amigos. Pessoas das quais nunca, jamais me esquecerei. Pessoas que souberam me ajudar quando precisei. Que souberam compreender toda a minha loucura nas minhas crises e que estavam ao meu lado até quando eu estava errada, me defendendo bravamente. Lógico que eu quase apanhei desses amigos depois que a poeira se dissipou, mas eles estavam lá. E até o esporro era pro meu bem.

Observando bem, dá pra separar os amigos por tipo: amigo-peguete, amigo-zoiera, amigo-anjo, amigo-filho... e amigo-amigo. O mais engraçado é que apesar dos tipos completamente distintos, todos são amigões, mas pra momentos diferentes. E, normalmente, os tipos não se misturam muito bem. Alguém já reparou nisso antes?

Dos tipos (só citei acima os que me vieram em mente nesse momento, existem muitos outros), o que mais me impressiona é a amizade com o amigo-amigo. Como sei que o entendimento do termo amigo-amigo varia de pessoa para pessoa, esclareço que esse tipo é, pra mim, aquele amigo que não se consegue distinguir bem de onde vem tanta afinidade. Você sabe que se dá bem com aquela pessoa e que não é necessário expressar com palavras o que se quer transmitir. Que nem tudo é aceito, mas é compreendido e trabalhado. É aquela amizade onde impera o fazer o bem ao outro pela simples alegria de ver o outro bem. É quase como não ser humano. É ser pai, mãe, irmão, filho... amigo. Simplesmente amigo.

Passei um tempo significativo sem conhecer novos amigos. Uso o termo conhecer porque acho o termo fazer amigos muito errado. Amigo não se faz, se conhece. Uma amizade onde uma parte se molda para agradar a outra não sobrevive à primeira dificuldade. Creio que seja porque a amizade é mantida pelo amor, e tem suas regras regidas por esse sentimento. E, depois de tanto tempo, na primeira espiada que dei pro lado de fora da janela, lá estava um novo amigo, acenando pra mim com um largo sorriso. Quanto tempo perdido!

Ogro, esse blá blá blá todo era pra ser apenas um testimonial no Orkut. Foi exatamente com essa intenção que comecei a escrevê-lo. Mas, como não consigo falar pouco e como tenho dificuldade para exprimir alguns sentimentos com palavras, estão aí sete parágrafos só pra dizer que não, não nos conhecemos o suficiente pra dizer que já somos amigos-amigos, mas que do pouco convívio que a Internet nos permite ter, conseguimos ter uma noção da amizade-amizade que está nascendo. E eu estou muito feliz por ela.

Abraço.

Falta até criatividade...

Mais descabelada do que a Amy Winehouse. Com mais olheiras que o Zé do Caixão. Foi assim que cheguei no trabalho hoje. Resultado de quatro dias de insônia (ela resolveu voltar, ai ai).

Mal me acomodei na minha baia e um colega de trabalho, me vendo nesse estado, veio perguntar:

- Nossa! Tá doente?

- Não, só tô com sono.

- Não dormiu à noite?

Três segundos de silêncio.

- Não, não. Dormi sim. Dormi muito bem, aliás.

Não tive forças para dar a resposta que o sujeito merecia. Ainda.

15 de julho de 2008

Carpe diem quam minimum credula postero

Não sei se é sorte. E não sei mesmo se acredito em Deus. Sei que enquanto vivo um dia após o outro, sem preocupações excessivas sobre o que sou ou serei, as pessoas que se preocupam diariamente com isso parecem nadar eternamente contra uma correnteza, tentando ser o que não são ou tentando atingir agora o que só poderá ser atingido muito adiante.

Tempo atrás conheci um cara assim, exatamente como sou. Na verdade, esse cara é muito melhor que eu em tudo, tanto como profissional quanto como pessoa. Eu só melhorei a minha filosofia de vida com base na dele. E ele, como todos nós, vivia dia após dia os apuros que todos passamos, com essa eternidade de problemas. Mas continuava a conviver bem com seus sonhos... alguns, naquele momento, tão inatingíveis que pareciam ilusões doentias.

Alguns amigos entendiam a postura dele. Outros... bem, sempre existirão os "outros", que pisam, desestimulam...

Ele sempre foi uma boa pessoa. E poucos "outros" desestimulavam o rapaz, já que era bem difícil encontrar alguém que não gostasse muito dele ou que não fosse grato pelas tantas ajudas recebidas daquele doido.

Uma vez perguntei a um amigo em comum o que ele achava desse doido. Ele disse que o doido tinha a alma tão pura, fazia tudo tão de coração, que Deus o recompensava por isso, dando a ele tudo o que ele merecia.

Quando disse que não sei se acredito em Deus lá no começo do post, foi porque eu não faço nem a metade do que esse cara faz, mas ganho muito em troca do pouco que faço. E, pô, se Deus existisse mesmo, ele estaria cometendo uma injustiça tremenda me dando tanto, pois não ando merecendo muito. Daí a minha dúvida.

Talvez não seja a quantidade, mas a qualidade.

Quanto ao sujeito doido...

Ele ralou muito pra comprar um Twingo, que resolveu vender para comprar um trailer e morar no camping do Recreio dos Bandeirantes, no Rio. Promovia festas históricas por lá, com direito a banda de rock, composta de amigos, simplesmente, com bateria e tudo montada sobre o chão de areia. É o protagonista das minhas histórias inacreditáveis preferidas, como a de quando ele deixou o trabalho do meio do expediente em plena quarta-feira pra viajar pra Salvador com o carro de um colega de trabalho, que estava lá, trabalhando com ele naquele dia!

Agora ele vive na Inglaterra, pra onde foi apenas com a pequena reserva financeira que tinha quando decidiu abandonar o emprego aqui, só pra correr atrás de um sonho. E hoje vive bem, muito bem, ainda por lá. Volta ao Brasil quando dá, rala muito, e casou-se por lá com a namorada que saiu daqui anos depois da ida dele.

Seria sorte? Mas só sorte? Não é possível...

É difícil acreditar que Deus existe com tantos milagres explicados pela ciência, tantos mitos desmistificados.

Não sei... Sei que toco minha vida com a calma e paciência que já tinha, que foram apenas aprimoradas observando o mundo ao meu redor. E gente, tá dando certo!

Não acho que a vida tenha uma receita de bolo. Não copio modelos de vida, apenas recrio o meu quase diariamente. É como dançar conforme a música, mas sem deixar de escolher a música.

Sapias, vina liques et spatio brevi spem longam reseces. Dum loquimur, fugerit invida aetas: carpe diem quam minimum credula postero.

Seja sábio, beba seu vinho e para o curto prazo reescala suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento está fugindo de nós. Colha o dia, confia o mínimo no amanhã.

(Horácio)

12 de julho de 2008

Explicando o título do post anterior...

Trabalho com alguns seres bem mais velhos do que eu e, por isso, acabo tendo contato com algumas coisas igualmente... antigas.

Faz tempo que, quando acontece alguma coisa surpreendente, eu ouço a velharia meus colegas de trabalho falando “Mas como é que pode ser verdade uma porra dessa, hein, Batman?”, e todo mundo começa a rir. Eu boiava. Até ontem.

Descobri que tal frase é proveniente duma dublagem de fundo de quintal de um episódio muito antigo do Batman, no melhor estilo Tela Class. É uma tosqueira, mas vale conferir.



"Puta paga? Caraaaalho! E agora, como é que eu faço?"

11 de julho de 2008

Mas como é que pode ser verdade uma porra dessa, hein, Batman?

Pegar o metrô para ir trabalhar: R$2,60
Comprar um delicioso café da manhã pra tomar junto aos colegas de trabalho: R$8,75
Ligar o computador e descobrir que as ações da sua empresa caíram 15%: R$1500,00
Ver o seu gerente atravessando o andar com uma escova de dente cor de rosa em meio a uma operação da PF: Não tem preço.
...
Boiolagem não tem jeito. Para todas as outras coisas... bem, vocês conhecem esse comercial.

7 de julho de 2008

O dia promete...

Entrei no andar do prédio em que trabalho tomando, literalmente, uma cotovelada no seio esquerdo.

Recebi um esporro do meu chefe por email, copiando até Deus, por um erro que não cometi.

Um usuário (diga-se de passagem, o que eu mais odeio em toda a empresa) resolveu impregnar a minha manhã com uma reclamação não procedente.

Um colega de trabalho extremamente alterado chegou aos berros ao meu lado reclamando da porra toda, como se eu fosse culpada de mundo estar a merda que está. E são apenas onze da manhã!

...

Na boa, alguém pode mandar uma bomba aqui no 66 da Praia do Flamengo, pelo amor de Deus? Saio pra almoçar ao meio-dia e acho que suporto mais uma hora desse INFERNO!

2 de julho de 2008

Clássicos Comentários Cretinos - CCC

Ontem meu amigo foi abordado por um colega de trabalho com um comentário nada simpático. Hoje eu. Foi pensando em casos como esses, dos clássicos comentários cretinos, que resolvi publicar a minha finérrima maneira de destruir todos os seres que fazem esse tipo escroto de brincadeira. So, vamos lá.

Situação:
Você é abordado no corredor conversando com a nova estagiária. Um colega de trabalho passa e diz: Comer estagiária dá justa causa, hein!
Resposta:
Você olha pro sujeito com a cara mais lavada do mundo e diz: Falta de trabalho também. Antes ser despedido por estar comendo alguém a ir pro Projeto Paraná por não ter nada pra fazer ao ponto de andar pelos corredores tomando conta da vida alheia.

Situação:
No barzinho, mesa abarrotada de conhecidos. Disponível para sentar, só a cabeceira. É lá que você fica. Vem um desgraçado engraçadinho e manda: Aê! Vai pagar a conta!
Resposta:
Não, não. É que daqui eu consigo derrubar a mesa de forma a sujar todos vocês com mais facilidade, caso essas piadas idiotas persistam.

Situação:
Você chega ao trabalho todo arrumado, lindão mesmo, e escuta o seguinte comentário: Hummm! Vai fazer exame de fezes hoje, né?
Resposta:
É, amigo... é quase isso. Marquei de comer a sua mãe mais tarde.

Pois é, gente. Eu não me agüento mesmo. E antes que alguém me pergunte, o Projeto Paraná é mais uma brincadeira cretina, Projeto Paranarua. Sacou, sacou? Aff...