8 de maio de 2008

Imperfeição

Eu tenho uma coleção de amores que não me amaram...
E de sofrimentos...
Eu amo demais... Logo, sofro demais...
Mas faz parte, porque sou a pessoa mais feliz do mundo a cada novo amor.
(eu em papo cabeça com amigo ainda agora)

Quando a vida torna-se uma repetição de situações desagradáveis é sinal de que estamos cometendo um erro grave (ou mais de um), pois se vivemos logo adquirimos experiência e tendemos a usar essa experiência para não cometer mais o mesmo erro. E, como a vida é uma eterna evolução, as situações desagradáveis não devem se repetir, pois em teoria estamos aptos a evitá-las. Simples, não? A resposta é não. Só me falta entender o motivo pelo qual, mesmo cientes de toda a dor que sentiremos, insistimos nos mesmos erros.
Penso que alguns prazeres da vida são tão incríveis que compensam a dor que enfrentaremos (e sabemos que vamos enfrentar) mais à frente. Penso também que é dessa forma que superamos traumas, pois vemos que viver vale a pena. Penso ainda que é dessa forma que transformamos feridas gigantescas e purulentas em cicatrizes discretas, quase esquecidas. Eu disse quase. Elas nunca se apagam totalmente.
Eu digo e repito: viva intensamente! Pois se para aprender é necessário errar milhões de vezes e se o erro às vezes vale a pena, só nos resta viver, errar, viver e acertar em algum momento... Mas só até outro erro que compense a dor.

Uma vez meu massoterapeuta me perguntou se eu já havia sofrido algum tipo de acidente. Eu respondi que sim, mas que o acidente tinha afetado apenas o meu rosto, que não havia deixado nenhuma seqüela no resto do corpo. Ele me disse que eu carregava aquele trauma entranhado nos meus músculos e que ele havia sentido isso desde a primeira sessão.

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